quinta-feira, 13 de maio de 2010

VILA DE MORRO DA FUMAÇA - O Topônimo


As versões para o nome, O MORRO DA FUMAÇA
Sr. Teodoro Maccari, em entrevista ao Padre Claudino Biff - 18-11-1988

Na época a região necessitava exportar o carvão mineral extraído na região carbonífera, assim os italianos abriram uma estrada que ligava Criciúma a Pontão, Porto de Canoas, em JAGUARUNA-SC, por onde daí o carvão era transportado por pequenas embarcações. Para isso formaram-se duas turmas de trabalho, uma localizada na elevação sul (Morro da Fumaça) e outra no Morro do Machado (Santa Apolônia, município de Sangão-SC) .
Quando os homens deste último se referiam a outra turma, o faziam denominando o local como Morro da Fumaça, por ser uma colina geralmente coberta de cerração, formada por uma grande área alagadiça.
Na época a estrada por onde os carreteiros passavam era conhecida como "famoso pique Dom Pedro II", atual Rua Eugênio Pagnan no centro de Morro da Fumaça.
          
Uma outra versão diz que os carreteiros, tropeiros que vinham de Criciúma e região transportando banha, mantimentos e carvão para serem entregues no porto paravam no morro, onde hoje é o Hospital de Caridade São Roque, para dormir. Estes carreteiros faziam fogueiras, gerando assim muita fumaça, originando assim o nome MORRO DA FUMAÇA. 

COMO ERA AQUI NO CENTRO DE MORRO DA FUMAÇA

FOTO Gentileza de NINA MACCARI CECHINEL
Quase só capoeira. Quando nos chegamos aqui em 1915, só havia uma estradinha como se fosse uma picada, onde hoje é a Avenida principal de Morro da Fumaça (Atual Rua 20 de Maio). Por esta picada passavam centenas de carros de bois trazendo carvão de Criciuma. Ai onde está a prefeitura e a estrada de ferro era um banhadal fundo, onde os carros de bois com carvão atolavam diariamente. Eu tinha três a quatro anos, mas recordo de tudo. Quando um carro de carvão atolava todos os carreteiros ajudavam a descarregar toda a carga e depois recarregar. Era uma epopéia cotidiana. Esse carvão ia até o porto de lanchas do Pontão, pouco aquem da Jaguaruna e seguia para Laguna, seguia pelo Rio. 
        
Fonte: Livro de Claudino Biff, Padre, MORRO DA FUMAÇA E SUA HUMANA E DIVINA COMÉDIA, em entrevista com Teodoro Maccari, em 18-11-1988 - Página 62
roquesalvan@gmail.com

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